quinta-feira, 8 de maio de 2008

2o ESLE - relato 1 - Denise Vilardo

No 2º Encontro sobre os Laptops na Educação, ocorrido no Rio, na Fundação Getúlio Vargas, no último dia 25 de abril, contamos com a presença dos coordenadores e de professores-representantes das cinco escolas-piloto do Projeto UCA e do Prof. Simão Pedro Marinho, consultor do GT do UCA.

Ainda é muito cedo para termos resultados formais, mas já temos direções bem positivas a respeito do caminho trilhado até aqui.

Alguns pontos comuns das experiências, são: a necessidade de reformulação dos Projetos político-pedagógicos das Escolas; o envolvimento de toda a comunidade escolar, com o apoio das famílias e a capacitação contínua dos professores; o apoio/estudo teórico-metodológico; a adequação física – mesmo contando com a mobilidade dos laptops, há a necessidade de se preparar locais para a guarda das máquinas, o carregamento das baterias e, no caso de mais de um aluno utilizar o mesmo laptop, é necessário preparar uma maneira de transportar as máquinas de uma sala para outra -.

Outro ponto comum é o fato de, em cada escola, o Projeto estar se desenvolvendo de maneira absolutamente diferenciada, respeitando-se cada contexto local, possibilidades e limitações de cada Escola e respectivo grupo. Esse é um fator extremamente enriquecedor para o Projeto.

Já é possível perceber uma melhora extraordinária no que diz respeito à freqüência dos alunos às aulas: praticamente não há mais faltas às aulas. Outro ponto comum no depoimento de todos os professores foi em relação à melhora surpreendente da leitura e da escrita. Os alunos passaram a utilizar a agenda, o diário, os blogs, os wikis, os chats, a fazer relatórios de pesquisas, a escrever textos de maneira compartilhada, enviar e receber e-mails etc.

O desembaraço para lidar com os laptops é quase imediato. Os alunos “descobrem” muito rapidamente a função dos diferentes aplicativos e dos diversos softwares, incluindo a possibilidade de fotografar e filmar com eles.

A elevação da auto-estima e o comprometimento com a escola melhoraram sensivelmente. Os alunos têm orgulho de estar participando do Projeto.

Os alunos têm apresentado, também, mais autonomia para escolher temas de seu interesse e para pesquisá-los; além de desenvoltura para apresentarem os seus projetos, com pouca ou nenhuma inibição, porque se sentem mais seguros.

Os pontos negativos apontados são, ainda, alguma resistência por parte dos professores – que só é superada quando eles começam a perceber os reais avanços dos alunos -; algumas questões de ordem organizacional – que logo se transformam em desafios a serem superados, coletivamente – e o fato de, em algumas escolas, ainda não haver, efetivamente um laptop para cada aluno. Das cinco escolas-piloto, três trabalham com a condição idealizada e, duas, ainda têm que lidar com o laptop sendo compartilhado por dois ou três alunos.

Na escola de Porto Alegre, os alunos levam os laptops, diariamente, para casa. Em São Paulo, alguns alunos levam os laptops para casa nos fins de semana, de comum acordo com as famílias. Em Piraí, Brasília e Palmas, os laptops permanecem nas próprias escolas.

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Um grande e agradecido abraço a todos os companheiros que prestigiaram o evento pessoalmente, através de mensagens e por telepatia.

Aos poucos vou contando tudinho pra vocês.

Denise

segunda-feira, 24 de março de 2008

2º Encontro sobre os laptops na Educação

DATA: 25/04/2008
HORÁRIO: 09h às 18h
LOCAL: Auditório da Fundação Getúlio Vargas - Centro - Rio de Janeiro
ENDEREÇO: Fundação Getúlio Vargas - Rua da Candelária nº 06 - auditório - 1º andar - Centro - Rio de Janeiro

PROGRAMAÇÃO


Manhã - mesa-redonda - 9h às 12h

Implantação, desenvolvimento do Projeto UCA e o processo nas escolas:

Roseli Lopes (USP - coordenação do Projeto em São Paulo); Profª Edna Telles, Escola Municipal de Ensino Fundamental Ernani Silva Bruno (São Paulo - SP); Leila Ramos (coordenação do Projeto em Palmas); Profª Lílian de Paula Marques, Escola Estadual Dom Alano Marie Du Noday (Palmas - TO); Antônio Carlos Bello (NTE - Brasília).

Tarde - mesa-redonda 14h às 18h

Implantação, desenvolvimento do Projeto UCA e o processo nas escolas:

Simão Pedro Marinho (consultor do GT do Projeto UCA - SEED/MEC); Juliano Bittencourt (UFRGS - coordenação do Projeto em Porto Alegre); Profa. Tania Mara Oliveira, Escola Estadual de Ensino Fundamental Luciana de Abreu (Porto Alegre – RS); Maria Helena Jardim (UFRJ) e Franklin Coelho (UFF) - (coordenação do Projeto em Piraí - RJ)

quinta-feira, 6 de março de 2008

Caríssimos,

Aproveitamos a trégua sobre o assunto "laptop educacional" - entre um pregão e outro... entre as discussões se os computadores fazem bem ou mal às crianças... - para convidá-los para o 2o Encontro sobre laptops na Educação que estamos organizando.

Nos propomos a compartilhar as informações que temos até aqui sobre o assunto e que ainda são pouco conhecidas pela maioria dos professores e demais interessados nesse tema.

Estamos programando um encontro fundamentalmente pedagógico, contando com o depoimento de professores que estão atuando diretamente no Projeto UCA (Um Computador por Aluno).

Acreditamos na urgente e necessária reforma educacional, e também acreditamos que a chegada dos laptops nas mãos dos nossos professores e alunos é uma excelente oportunidade pra que isso ocorra.

O nosso Encontro será no dia 25/04/08, das 9h às 18h, no Auditório da Fundação Getúlio Vargas, Centro, Rio de Janeiro.

Aguardem as próximas mensagens com instruções para as inscrições e com a programação.

Um grande e afetuoso abraço

Denise Vilardo

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Alunos fazem cobertura jornalística do Campus Party

Alunos fazem cobertura jornalística do Campus Party
Da equipe EducaRede


Alunos entrevistam a professora Léa Fagundes, da UFRGS
Foto: José Alves
Com gravadores de mão, estudantes da rede municipal de Educação de São Paulo percorreram as áreas da Campus Party e entrevistaram palestrantes e convidados do evento. Eles participam do Programa Nas Ondas do Rádio, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP), que tem como objetivo promover o protagonismo infanto-juvenil por meio da Comunicação e da Tecnologia da Informação.

O estudante Denivaldes Pardim, 15 anos, conta que aprendeu bastante com a experiência: “Aprendi um pouco sobre radares, porque fiz uma entrevista sobre as tecnologias das Forças Armadas do Brasil. Até inglês tive de falar para conseguir entrevistar um especialista em robótica”, diz o aluno, que também entrevistou a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Léa Fagundes. As entrevistas gravadas no Campus Party estarão disponíveis no blog do Programa Nas Ondas do Rádio.

A professora Léa Fagundes foi uma das debatedoras do seminário "Educação, Interatividade e Redes de Aprendizagem", realizado quarta–feira na programação de Inclusão Digital. Também participaram Cezar Alvarez (assessor especial do Presidente da República e Coordenador dos programas de Inclusão digital do Governo Federal) e Marcelo Branco (coordenador da Campus Party). Ouça a íntegra da palestra da Léa Fagundes (55 minutos):

Além de falar sobre a experiência do uso de laptop em uma escola de Porto Alegre, como parte do projeto Um Computador Por Aluno, do Governo Federal, Léa Fagundes, pesquisadora da UFGRS, criticou a pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Desvendando mitos: os computadores e o desempenho no sistema escolar –, que tem causado "burburinho" por indicar que os computadores prejudicam o desempenho dos alunos. Léa diz que a aprendizagem é complexa demais para que as variáveis sejam trabalhadas separadamente, como aconteceu na pesquisa.

Parcerias SME-SP e EducaRede

No estande da Prefeitura Municipal de São Paulo, no Campus Party, a equipe de Informática Educativa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP), divulgou suas ações em 2006 e 2007, entre elas, três parcerias com o Programa EducaRede: a criação do Caderno de Orientações Didáticas – Ler e Escrever – Tecnologias na Educação, o Projeto Memórias em Rede e o curso Mediação a distância, voltado para as equipes de tecnologia das Diretorias Regionais de Educação para mediação de Comunidades Virtuais de professores e alunos.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Voltando à Atividade...

Peço desculpas pelo longo tempo de inatividade deste espaço. Motivos variados cada colaborador deve ter de sobra e todos muito justificáveis mas não cabe aqui descreve-las, não acham?

Muitas coisas aconteceram após o nosso Encontro na UFF. Muito foi debatido, acrescentado, aprovado por uns e reprovados por outros, mas um resumo básico podemos apresentar da seguinte forma:
  • Em Dezembro foi aberta a licitação para a compra inicial de 150 mil unidades para estudantes de escolas públicas e o resultado deve sair na semana que vem. O processo foi interrompido porque o preço foi considerado alto.
  • O Classmate, da Intel e representado pela Positivo Informática foi vencedor no pregão, com o lance de R$ 98,18 milhões, que significa 360 dólares ou R$ 654,00 e o governo tenta negociar melhores condições por estarem estas bem além do esperado.
A Grande Questão é: Por que esta diferença de preços?

Depois de consultar várias fontes, chegamos a algumas conclusões interessantes, e faço questão de enfatizar que analiso os fatos baseando-me em total imparcialidade, mas se alguém discordar, este espaço existe para que TODOS apresentem suas argumentações. Conclusões não devem ser estáticas, caso contrário ainda acreditaríamos que a Terra é plana, certo?
  • A diferença na garantia, por exemplo, em relação ao nosso vizinho Uruguai é de 2 anos e meio e a assistência deverá ser feita em cada uma das 300 escolas.
Não é difícil para um professor imaginar a dificuldade que encontrará caso uma das maquininhas de seu aluno pife... da tristeza do pequeno à dificuldade de acesso ao socorro.
  • O fornecedor acompanhará todo o processo de entrega, bem como a instalação e testes iniciais nas escolas e implantação dos servidores em cada localidade.
Sem pessoal qualificado nas escolas sabemos que nem sempre é tão simples configurar uma rede entre outras coisinhas do vasto mundo da informática que a grande maioria dos professores não está habituada.
  • O argumento da "fabricação local" em contraponto aos laptops de Taiwan encomendados pelo Uruguai. Os do Brasil seriam "montados aqui".
Essas montadoras gerarão empregos? Isso é sempre bem vindo.
  • No preço final no Brasil, segundo divulgou-se, estão incluídos os impostos. Uma isenção foi prometida, mas não se efetivou até agora ao que parece.
Por quê??? Burocracia?? Falta vontade política??? Fim da CPMF??? (he he he)



quarta-feira, 24 de outubro de 2007

OLPC atrasa entrega de laptops de US$ 100

Quarta-feira, 24 de outubro de 2007 - 11h04

Reuters

Fonte: http://info.abril.com.br/aberto/infonews/102007/24102007-5.shl

Laptop de 100 dólares ganha aplicativos brasileiros

Há vários projetos de desenvolvimento no Brasil e você também pode colaborar.

O projeto One Laptop per Child, promovido por Nicholas Negroponte, do MIT, já está perto de apresentar seu notebook educacional de baixo custo. Os brasileiros vêm colaborando com o desenvolvimento de aplicativos. Dentre os projetos-piloto espalhados pelo mundo, o Núcleo de Aprendizagem, Trabalho e Entretenimento do Laboratório de Sistemas Integráveis da USP (NATE-LSI) coordena um na escola municipal Ernani Silva Bruno, no bairro de Taipas, em São Paulo. Eles também estão envolvidos no desenvolvimento de software:

Os aplicativos empregam a licença GPL e são basicamente desenvolvidos em Python/GTK. Qualquer programador pode contribuir com o projeto, segundo Alexandre Martinazzo, da USP. Um dos caminhos é aderir ao programa oficial de desenvolvedores da OLPC. Vale ressaltar que desenvolvedores oficialmente aprovados ganham um laptop se houver disponibilidade.


O projeto da OLPC concede a possibilidade de aprender interagindo, algo diferente do modelo tradicional de ensino. Uma das características que chamam atenção é a rede mesh, onde cada laptop é um nó e a conexão é compartilhada entre os nós (o sistema é compatível com o padrão IEE 802.11s).


O hardware está pronto e as especificações podem ser vistas no site do projeto. O preço já passou bastante dos 100 dólares estimados inicialmente. Mas a configuração é boa, com webcam integrada e rede sem fio. O sistema operacional é o Fedora Core 6 e há o foco em cinco linguagens para o desenvolvimento de software. São elas: Python, Javascript, Csound, Squek (Smalltalk) e Logo. Java e Flash também fazem parte do time. Sugar é a interface de usuário. É um novo conceito de desktop simples e fácil de usar. Você pode baixar um LiveCD para testá-la via Download INFO. Para ver o último build estável (build 542) você pode utilizar o sugar-jhbuild para instalar em seu Linux.


Postado por - Luiz Henrique dos Santos Cruz - 22/10/2007 - 09:17

Fonte: http://info.abril.com.br/blog/luizcruz/index.shtml