Ainda é muito cedo para termos resultados formais, mas já temos direções bem positivas a respeito do caminho trilhado até aqui.
Alguns pontos comuns das experiências, são: a necessidade de reformulação dos Projetos político-pedagógicos das Escolas; o envolvimento de toda a comunidade escolar, com o apoio das famílias e a capacitação contínua dos professores; o apoio/estudo teórico-metodológico; a adequação física – mesmo contando com a mobilidade dos laptops, há a necessidade de se preparar locais para a guarda das máquinas, o carregamento das baterias e, no caso de mais de um aluno utilizar o mesmo laptop, é necessário preparar uma maneira de transportar as máquinas de uma sala para outra -.
Outro ponto comum é o fato de, em cada escola, o Projeto estar se desenvolvendo de maneira absolutamente diferenciada, respeitando-se cada contexto local, possibilidades e limitações de cada Escola e respectivo grupo. Esse é um fator extremamente enriquecedor para o Projeto.
Já é possível perceber uma melhora extraordinária no que diz respeito à freqüência dos alunos às aulas: praticamente não há mais faltas às aulas. Outro ponto comum no depoimento de todos os professores foi em relação à melhora surpreendente da leitura e da escrita. Os alunos passaram a utilizar a agenda, o diário, os blogs, os wikis, os chats, a fazer relatórios de pesquisas, a escrever textos de maneira compartilhada, enviar e receber e-mails etc.
O desembaraço para lidar com os laptops é quase imediato. Os alunos “descobrem” muito rapidamente a função dos diferentes aplicativos e dos diversos softwares, incluindo a possibilidade de fotografar e filmar com eles.
A elevação da auto-estima e o comprometimento com a escola melhoraram sensivelmente. Os alunos têm orgulho de estar participando do Projeto.
Os alunos têm apresentado, também, mais autonomia para escolher temas de seu interesse e para pesquisá-los; além de desenvoltura para apresentarem os seus projetos, com pouca ou nenhuma inibição, porque se sentem mais seguros.
Os pontos negativos apontados são, ainda, alguma resistência por parte dos professores – que só é superada quando eles começam a perceber os reais avanços dos alunos -; algumas questões de ordem organizacional – que logo se transformam em desafios a serem superados, coletivamente – e o fato de, em algumas escolas, ainda não haver, efetivamente um laptop para cada aluno. Das cinco escolas-piloto, três trabalham com a condição idealizada e, duas, ainda têm que lidar com o laptop sendo compartilhado por dois ou três alunos.
Na escola de Porto Alegre, os alunos levam os laptops, diariamente, para casa.
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Um grande e agradecido abraço a todos os companheiros que prestigiaram o evento pessoalmente, através de mensagens e por telepatia.
Aos poucos vou contando tudinho pra vocês.
Denise